Cartografiando territorios (est)éticos-existenciales: Entre imágenes, políticas y poéticas (re)existentes
Neste ensaio, partindo da perspectiva cartográfica e tomando como pano de fundo nossas respectivas pesquisas de pós-doutorado, nos debruçamos sobre a obra do artista turco Ugur Gallenkuş e de enxertos da peça de teatro Outros, do Grupo de teatro brasileiro Galpão. A partir de tais produções estéticas, apresentamos o desafio de um diagnóstico ético-político do tempo presente a partir do que nos acontece. Aqui, o pensamento de autoras e autores feministas, negros, indígenas, queer e decoloniais emerge como bússola orientadora e inspiradora para o questionamento dos dispositivos coloniais, biopolíticos e necropolíticos em voga. Afinal, o que a arte contemporânea, enquanto experimentação e processo, tem a nos dizer e interrogar? Entre presenças e ausências, ditos, não ditos e mal-ditos, corpos, imagens, cenas (d)enunciam as arbitrariedades e cinismos dos empreendimentos coloniais. Acreditamos que, se o presente segue marcado pela necropolítica, em que contingentes humanos são cotidiana e reiteradamente lançados à própria sorte, a arte emerge com um respiro ético-estético-político resistente.